Avanços para LCN

 

O tema do II Enacina é “Identificando o profissional de Ciências Naturais: possibilidades e desafios” propõem a reflexão sobre dos Grupos de Trabalhos. A partir de Imbernon et al (2011)[1] podemos elencar.

No 1º Seminário Brasileiro de Integração das Licenciaturas em Ciências Naturais, realizado nos dias 08 à 10 de Dezembro de 2008, na Faculdade UnB – Planaltina, foi proposto:

·         Grupo 1 – Diretrizes para o curso de Licenciatura em Ciências Naturais - LCN

·         Grupo 2 – Formas de avaliação do curso

·         Grupo 3 – Perfil do futuro professor de Ciências Naturais – Propostas

·         Grupo 4 – Possibilidades de atuação do licenciando em ciências naturais.

De todos os grupos de trabalho somente o Grupo 1 não conseguiu definir pontos de encaminhamento. Um dos fatores que contribuíram para esse desfecho foi o fato de que alguns cursos apresentam Habilitações para atuação no ensino médio (Biologia, Química, Física, Matemática). O fato de o grupo desconhecer a existência ou não de uma legislação ou diretriz específica do Conselho Nacional de Educação para a aposição de habilitação nos cursos nos impediu de conclusão. Porém, esse grupo foi concordante em indicar a necessidade de ampliar e fomentar a discussão sobre Diretrizes Curriculares para Licenciatura em Ciências Naturais, aceito na plenária de apresentação. Outro fator que foi bastante significativo foi a constatação de que existiam mais cursos que não estavam presentes, por vários motivos, e que deveriam ser ouvidos também.

Assim, em 2010 a realização do 2º Seminário Brasileiro de Integração das Licenciaturas em Ciências Naturais incorporou, além da reunião dos coordenadores/professores dos cursos, também os alunos que demonstraram interesse em discutir a construção de diretrizes curriculares, perfil profissional, entre outros temas.

Para o Grupo 1 – Diretrizes para o curso de Licenciatura em Ciências Naturais – LCN foram colocadas as seguintes questões: Quais seriam os grandes temas? Seriam aqueles propostos pelos PCNs? Para as questões de debate o grupo apresentou os seguintes pontos, a partir da discussão:

1º - necessidade de se trabalhar as disciplinas pedagógicas desde o inicio do curso;

2º - necessidade de uma base sólida nas áreas de Química, Física, Biologia e Geociências (Ciências da Terra, Ciências do Universo, Ciências da Vida, Física e Química);

3º - o trabalho por meio de eixos temáticos pode propiciar interdisciplinaridade;

4º - os PCN’s seriam a referência para organização desses eixos temáticos.

O Grupo 2 – Forma de avaliação dos cursos, discutiu as formas existentes de avaliação dos cursos pelo Ministério da Educação – MEC e como resultados dos debates sugeriu um acréscimo aos itens já existentes neste sistema.

O Grupo 3 – Perfil do futuro professor de Ciências Naturais – esse grupo não foi formado, pois a plenária considerou que a apresentação prévia dos debates de 2008 foi um ponto que se julgou já bem definido, cabendo discutir de forma mais abrangente o item referente à atuação profissional.

Finalmente, o Grupo 4 – Possibilidades de atuação do licenciando em Ciências Naturais, estabeleceu um levantamento de cada curso, a partir do qual os próprios alunos apresentaram as possibilidades que cada região pode oferecer aos alunos egressos.

Desta forma, propõe-se que se discuta em grupos de trabalhos as seguintes temáticas:

  • Formação da Associação de profissionais formados em Ciências Naturais: com a finalidade de se pensar quais profissionais que os egressos nos cursos de LCN estão trabalhando e avançando em profissões caracterizada junto ao perfil profissional, juntos as LCN;
  • Formação do Conselho Federal de profissionais em Ciências Naturais: com a possibilidade de formação de a Associação Profissional ser também representada por meio de Conselho Profissional para Ciências Naturais junto as possíveis profissões e suas nomenclaturas;
  • Estabelecer a sugestão de Diretrizes curriculares nacionais para cursos de Ciências Naturais: visando a legitimação da Associação e Conselho profissional, vem a necessidade das diretrizes nacionais dos cursos de LCN para formação do perfil deste profissional existente no mercado de trabalho;
  •  Atualização do levantamento dos cursos de LCN no Brasil e seus respectivos PPP's;
  • Atualização do levantamento dos currículo-grades tanto no que se refere aos conteúdos básicos quanto às especificidades regionais;  ·      
  •  Integração dos licenciados em LCN nas Secretarias de Educação nos níveis de Ensino Fundamental e Médio.

 


[1] IMBERNON, R. A. L. et al. Um panorama dos cursos de Licenciatura em Ciências Naturais (LCN) no Brasil a partir do 2º Seminário Brasileiro de Integração dos cursos de LCN/2010. Experiências em Ensino de Ciências. v.6, pp. 85-93, 2011.